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Virtual Influencers

Já ouvimos falar dos influenciadores digitais, as figuras que tanto se assemelham a nós, porém utilizam suas redes sociais como meio de produção de conteúdo. Conteúdo este que chamou a atenção das marcas pela forma como provoca grande engajamento e divulgação, tornando estas personalidades o mais efetivo veículo de publicidade da atualidade. Eles chamam a atenção por possuírem influência mesmo tendo tanta similaridade com o consumidor comum, porém, e se não fossem reais?

Seres humanos sempre serão indivíduos passíveis de erros. Alguns exemplos como o americano Logan Paul e o brasileiro Julio Cocielo refletem estes fatores quando produziram postagens polêmicas em suas redes sociais, gerando revolta entre o público e muito prejuízo para as marcas que investiram em seus nomes. Neste conflito, surge uma solução: Digital Influencers Virtuais.

Em 2016, surge um perfil no Instagram chamado @lilmiquela. Miquela Sousa é uma influenciadora digital que não existe em carne e osso, mas sua relevância online atrai 1,5 milhões de seguidores atualmente. A modelo de 19 anos começou a chamar a atenção de marcas como Chanel e Prada, que não hesitaram em combinar parcerias, considerando a influência da personalidade da jovem que reflete a de muitos ‘millenials’.


Além das atividades no mundo fashion, Miquela também tem presença na indústria fonográfica e movimenta seu canal do YouTube com ocasionais entrevistas concedidas por celebridades em alta.


O verdadeiro propósito e origem de Miquela foi, por muito tempo, debatido na internet. Especulações de uma estratégia de lançamento do novo The Sims foram até consideradas, porém seus criadores mantém informações limitadas quanto ao objetivo de sua existência até hoje. A startup Brud é uma empresa de Los Angeles que, para sustentar a narrativa da vida de Miquela, passou a produzir novos perfis de amigos e familiares e sustenta a vida virtual da jovem há 4 anos.


Não é a primeira vez que uma personalidade virtual consegue influenciar e desenvolver seu público, a personagem Hatsune Miku foi criada para o software Vocaloid, um programa japonês que simula vozes as quais os consumidores podem utilizar para músicas de própria autoria. O ídolo virtual possui a aparência de uma personagem feminina de anime e já fez diversas turnês, como um holograma. Miku chegou até mesmo a abrir a turnê ARTRAVE da Lady Gaga e se apresentar no programa The Late Show com David Letterman na TV americana.


A razão da criação de Miquela não é clara, mas a certeza é de que a menina 3D concorre com diversos influenciadores do mesmo nicho, possuindo uma sólida base de admiradores e retorno monetário como tais, seja pelas parcerias com grandes nomes ou pela sua própria linha de roupas. A sociedade ainda digere o impacto das pessoas que vivem da vida de personalidade online, mas há de experienciar a influência de seres 3D.

Texto: Leticia Rollemberg

Supervisão: Sônia Pedrosa - Redatora - Conceito comunicação integrada


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